Educação alimentar… Você se preocupa com educação e cultura, ambientes saudáveis, boas companhias… E acha que seu filho pode comer qualquer coisa?
Porque alguns pais acham que não devem colocar limites, estabelecer regras, determinar metas quando o assunto é a alimentação dos filhos?
Afinal uma dieta balanceada não significa que a criança ou o adolescente vai sofrer privações, nem mesmo que isso vai provocar um futuro de frustrações. Ao contrário, ensinar os filhos a comerem de tudo, abster-se, por vezes, das guloseimas, de alimentos ou bebidas nocivas, só fará com que se tornem adultos mais fortes, saudáveis, e capazes diante das adversidades.
Veja algumas sugestões:
Desde bem criancinhas eles devem entender, por exemplo, que só tem direito à sobremesa quem comeu o prato principal.
Durante a semana a sobremesa pode ser fruta (“doce da natureza”!). Reserve para os finais de semana os doces mais açucarados e gordos como sorvetes.
Tenha sempre à vista as frutas, verduras, legumes, castanhas e água. Se a criança chega em casa com fome e dá de cara com pão, biscoito recheado e refrigerante, dificilmente ela irá preferir o que é mais saudável.
Aliás, se você se preocupa com a alimentação de seus filhos, determinados alimentos não devem simplesmente ser comprados: refrigerante, macarrão instantâneo, “nuggets”, batata smile são abomináveis. Ponto. Se eles tiverem contato com tais “coisas” na casa dos avós, amigos, festas, férias, tudo bem. Mas que façam escolhas para o dia-a-dia quando tiverem maturidade para isto.
E uma última dica é: deixe que as crianças aprendam a cozinhar. Crianças com seis anos ou mais já podem começar a se aventurar na cozinha. Isto lhes roubará o tempo em frente a TV, tablets, etc. e lhes introduzirá no mundo mágico da culinária. Cozinhar para si é um exercício de amor próprio.
É responsabilidade dos adultos dar o exemplo de alimentação saudável. Se isto não é um valor para sua família, não tente impô-la a seus filhos porque acredita que esteja sendo “politicamente correta”.
Mais de um terço das crianças brasileiras entre cinco e nove anos está acima do peso. Os dados do Ministério da Saúde apontam que o mesmo percentual se aplica aos adolescentes de 12 a 17 anos: 33% apresentam sobrepeso e, destes, 8% são obesos.
Ora, se perguntarmos aos pais destas crianças se eles se preocupam com a educação de seus filhos, tenho certeza de que a maioria, se não a totalidade, dirá que sim. Talvez seja hora de começar a perceber que a alimentação é um pilar da educação.
Cabe ressaltar finalmente que a questão vai muito além do aspecto físico, da obesidade em si. A criança que não aprender a comer irá invariavelmente desenvolver problemas de saúde sérios na vida adulta, como colesterol alto, diabetes e hipertensão arterial, entre tantos outros. Problemas de aprendizagem, por exemplo, muitas vezes estão relacionados a uma alimentação inadequada. Gostaria de falar sobre isto?